dezembro 19, 2010

When Romance Meets Destiny/ Lost and Found (filmes)


When Romance Meets Destiny (Filme)
País: Coréia do Sul
Ano: 2005
Gênero: Comédia Romântica, Drama
Duração: 104 min.
 
Direção e Roteiro: Kim Hyeon-seok
Elenco: Kim Joo-hyeok (Terroir, My Wife Got Married, Love Me Not), Bong Tae-gyu (Two Faces of My Girlfriend, The Birth of a Family), Lee Yo-won (The Recipe, Queen Seon-deok - kdrama).


Resumo

Dois irmãos, Kwang-sik e Kwang-tae, se comportam de forma oposta quanto às mulheres. Kwang-sik é muito tímido e não consegue nem falar com uma garota. Kwang-tae, ao contrário, é um playboy. Um dia, Kwang-sik encontra Yoon-kyung, que não via há sete anos e tenta, a seu modo, confessar seu amor por ela. Enquanto isso, Kwang-tae conhece Kyung-jae durante uma maratona e tenta conquistá-la. No começo , Kwang-sik ainda acha difícil até mesmo falar com Yoon-Kyung, e seu irmão considera Kyung-Jae apenas mais uma conquista. Mas essas duas experiências românticas vão mudar a vida dos irmãos.


Lost and Found (Filme)
Título Alternativo: "Sweet Lie"
País: Coréia do Sul
Ano: 2008
Gênero: Comédia Romântica

Duração: 113 min.

Direção: Jeong Jeong-hwa
Roteiro: Jeong Jeong-hwa, Yoo Seung-hee
Elenco: Park Jin-hee (Ji-ho), Jo Han-seon (Dong-sik),  Lee Ki-woo (Min-woo).

Jo Han-seon (1981): A Beter Tomorrow (2010), My New Partner (2007), Cruel Winter Blues (2006).
Lee Ki-woo (1981): Sin of a Family (2010), Star´s Lover (kdrama, 2008).
Park Jin-hee (1978): 71-Into the Fire (2010), Giant (kdrama, 2010), The Woman Who Still Wants to Get Married (2009), Love in Magic (2004).

Resumo

Roteirista de TV, Ji-ho, nutre um amor secreto pelo mesmo homem há dez anos. Depois de uma noite de bebedeira com amigos, ela acorda para enfrentar o pior dia de sua vida. Ela descobre que seu programa de TV foi cancelado por baixa audiência, e ela foi demitida. Sua bolsa é roubada a caminho de casa e, ao perseguir o meliante, é atropelada por um carro. Mas a cadeia de eventos desafortunados acaba sendo um presente de deus. O homem que a atropelou é o mesmo pelo qual ela é apaixonada desde os tempos de escola. Depois de bater a cabeça contra o carro, ela finge não lembrar-se de nada e Min-woo não tem outra escolha senão levá-la para casa com ele. O amigo de infância de Ji-ho, Dong-sik, fica preocupado com o sumiço dela. Ele sai a sua procura e ao descobrir que ela perdeu a memória, está determinado a ajudá-la a recuperá-la.

When Romance Meets... a Sweet Lie

Kwang-sik e Ji-ho são almas gêmeas, embora eles não estejam destinados a se encontrar. Ambos se apaixonaram por colegas de escola, e por timidez, nunca tiveram coragem de declarar seu amor. E essa paixão de adolescência marcou suas vidas para sempre. A vida sentimental de ambos é um fracasso, e suas carreiras profissionais parecem refletir sua insegurança emocional.

Até que o destino dá uma segunda chance para que Kwang-sik e Ji-ho conquistem seu tão sonhado amor.


Kwang-sik tem o apoio do irmão mais novo, e os dois tem uma bela amizade. Porém são muito diferentes, já que Kwang-tae, apesar da feiúra, tem um ego enorme, e sempre consegue conquistar a garota desejada. Só lhe falta a maturidade para reconhecer e preservar um amor verdadeiro.


Kwang-sik, por outro lado, é tão obcecado por essa mulher que idealizou por anos em sua cabeça, que não consegue se livrar da fantasia e encarar a realidade.


Ji-ho tem a amizade de infância de Dong-sik. E vivendo de sonhos do passado, ela não percebe um amor muito mais duradouro que está bem à sua frente.


When Romance... e Lost and Found são dois bonitos filmes sobre as ‘dores’ do amor. Estórias delicadas, divertidas, às vezes amargas, e em ambos os casos, com elenco impecável.

Em When Romance vale destacar o ator Kim Joo-hyeok – tão suave e sedutor no filme Love Me Not, e no drama Terroir – e aqui tão diferente, mais ‘cheinho’, com carinha de ‘nerd’. Grande ator!


Mas eu gostei mais de Lost and Found. É claro que é mais fácil se identificar e se divertir assistindo as desventuras de um personagem do mesmo sexo da gente – no caso, Ji-ho – mas o interessante dessa estória é que ela dá espaço ao ponto de vista dos demais personagens, principalmente Dong-sik. E é tão doce esse jovem Dong-sik!

O ator Jo Han-seon, como o vendedor de roupas íntimas, Dong-sik.

O charmoso Lee Ki-woo, como o arquiteto que é a paixão de adolescência de Park Jin-hee.
 
E a atriz Park Jin-hee está maravilhosa como sempre. Ela tem um timing ótimo para comédia, mas também é uma excelente atriz dramática. Recomendo vê-la no drama The Woman Who Still Wants to Get Married.

Notas
- Jo Han-seon faz uma participação especial (e muito engraçada) no primeiro episódio do drama The Woman Who Still Wants to Get Married, como noivo de Park Jin-hee.
- O último trabalho de roteiro e direção de Kim Hyeon-seok é a comédia romântica Cirano Agency. Um bom filme, que THC já assistiu e vai comentar quando saírem as legendas em inglês.

dezembro 10, 2010

Moss (filme, 2010)




"You should live like moss, you know, quietly, almost invisibly, stuck underneath a stone"

País: Coréia do Sul
Duração: 163 min.
Gênero: Drama, Thriller
Direção: Kang Woo-seo
Roteiro:  Jeong Ji-woo
Elenco: Jeong Jae-young, Park Hae-il, Heo Joon-ho , Yoo Seon, Yoo Joon-sang, Yoo Hae-jin.
Resumo

Ryoo Mok-hyeong (Heo Joon-ho), um membro de um culto religioso localizado em uma vila remota, é respeitado por sua liderança e talento para a pregação. Para construir uma nova igreja ele pede ajuda do policial Cheon Yong-deok (Jeong Jae-young). Muitos anos se passam e Mok-hyeon é encontrado morto após beber em companhia de Yong-deok. O filho de Mok-hyeong, Hae-gook (Park Hae-il), chega de Seul para o funeral do pai que ele não via há anos. O jovem logo descobre que os moradores da vila estão tentando esconder algo dele sobre as circunstâncias da morte do pai. Hae-gu então planeja descobrir a verdade sobre o passado do pai. 

Comentário (com spoilers!)

Moss é baseado em um ‘manhwa’ que fez tremendo sucesso na internet em 2009. Eu não li os quadrinhos originais, mas em entrevista o diretor do filme comentou ter modificado a estória, principalmente seu desfecho. E a maioria dos comentários de quem é fã do ‘manhwa’, sobre o filme, não é dos mais elogiosos. Mas partindo-se do princípio de que a maioria das pessoas não conhece o original, vamos nos deter apenas no filme.

Kang Woo-seok é um dos melhores diretores de cinema da Coréia do Sul; dirigiu um de meus filmes favoritos, Silmido(em DVD no Brasil). Assim sendo, um dos destaques de Moss é a direção – não é a toa que ele já recolheu prêmios de melhor direção em vários festivais este ano.

Mas o ponto forte do filme certamente é o elenco. Que grupo impecável e coeso de atores! Sem histrionismo, cada ator constrói seu personagem de forma única e marcante. Apesar de Kang Woo-seok ser considerado um diretor de ‘blockbusters’, acho que uma de suas maiores qualidades é a direção de atores – vide o já citado ‘Silmido’, outro exemplo de um casting inesquecível. Os demais detalhes técnicos e artísticos do filme também são nota dez: fotografia, design, música, etc.

Moss é um filme longo, 163 minutos. Quando assisti ao filme, não sabia qual era a sua duração, e não percebi o tempo passar. Na verdade, fiquei com a sensação de que faltava muito para contar. Às vezes o artifício do flashback pode ser bem irritante, mas nesse caso, parece ter faltado mostrar mais do passado dos personagens, especialmente a transformação na relação do evangelizador Mok-hyeong com seus seguidores e com os homens que o ajudaram no sonho de criar uma ‘sociedade alternativa’.

Pode-se dizer que a estória se desenrola muito bem, de forma pausada, mas muito climática, com cenas assustadoras (como a da fuga pelo túnel) de puro terror psicológico. Jeong Jae-young, como o ex-policial e líder da vila, Cheon, é um dos personagens mais assustadores da estória do cinema. Achei que ele ficaria caricato com aquela maquiagem de velho, mas não, é uma transformação impressionante, tanto na voz como na postura – você se esquece do ator e acredita e teme o personagem. É um dos grandes motivos pelo qual vale muito à pena desfrutar desse filme.


Como já mencionei, todo elenco é maravilhoso. Impossível esquecer-se do olhar de Park Hae-il em Memories of Murder, grande jovem ator.Yoo Joon-sang (como promotor de justiça) é um charme, e seu personagem divertido dá certo alívio merecido aos demais momentos soturnos do filme. Aliás, é outra qualidade do diretor Kang, sempre dar um toque de humor (sem cair no ridículo) aos seus filmes.

 Acho que o que as pessoas mais podem reclamar de Moss é – sim- o seu final. Depois de tanto suspense, o desfecho é bastante frustrante, anticlimático mesmo. Mas por outro lado, analisando pela razão e não pela emoção, é um final razoável por seu realismo. Afinal, apesar do suspense, não se trata de uma estória de fantasmas ou bruxarias. E o que move- sempre – a raça humana? Dinheiro, poder, e de preferência os dois juntos. E sempre que se mistura religião e os dois ingredientes acima, a coisa vai mal.

Assista Moss, tire suas próprias conclusões, e depois trate de ver todos os filmes do ator Jeong Jae Yeong, pois ele é maravilhoso!

Mais...

O jovem ator Park Hae-il (1977) debutou no cinema coreano com Waikiki Brothers, e segue uma carreira de muito sucesso e com muito respeito da crítica. Alguns filmes: Memories of Murder (DVD, Brasil), The Scent of Love, Rules of Dating, The Host (DVD, Brasil). Seu mais novo projeto é Heart Is Beating, com Kim Yoo-jin (da série Lost).


Jeong Jae-yeong (1970), um dos grandes astros do cinema coreano, já trabalhou com alguns dos diretores mais importantes de seu país, e recebeu prêmios como o Blue Dragon Award (Melhor Ator em 2004, pelo filme Silmido). Fimografia: The Divine Weapon, Castaway on the Moon, Going by the Book, entre muitos outros.

Yoo Joon-sang (1969): Ha Ha Ha (2009), The Days of My Youth (2010).


Prêmios do Filme:
- 2010 Blue Dragon Awards: Jeong Jae-young , Melhor Ator; Yoo Hae-jin, Ator Coadjuvante;  Kang Woo-seok, Direção.
- 8th Korea Film Awards: Yoo Hae-jin, Ator Coadjuvante.
- 47th Daejong (Grand Bell) Film Awards: Kang Woo-seok, Direção; Efeitos Sonoros, Direção de Arte e Fotografia.
- 18th Icheon Chunsa Film Festival: Melhor Filme, Direção, Fotografia, Edição, Música; Yoo Joon-sang, Ator Coadjuvante.

dezembro 01, 2010

Wives and Daughters (BBC TV)



Wives and Daughters (Esposas e Filhas) é uma série em 4 episódios, uma adaptação de 1999 da BBC TV para o romance Wives and Daughters: An Everyday Story, da escritora vitoriana Elizabeth Gaskell.

A estória é centrada em Molly Gibson (Justine Waddell), a filha de um médico do interior, a as mudanças que ocorrem em sua vida após seu pai viúvo resolver casar novamente. A união traz para a vida até então tranqüila dela uma madrasta rigorosa (Francesca Annis) e uma irmã postiça namoradeira, Cynthia (Keeley Hawes), enquanto uma amizade com um vizinho traz à tona um romance inesperado.

A adaptação é escrita por Andrew Davies e a direção é de Nicholas Renton.
O elenco inclui Sir Michael Gambon, Penelope Wilton, Bill Paterson e Rosamund Pike.

A Autora

Elizabeth Cleghorn Gaskell (1810 – 1865),foi uma autora inglesa que escreveu roamnces e contos durante a Era Vitoriana. Seus romances oferecem um retrato detalhado das vidas das várias camadas sociais da época, incluindo os muito pobres, e por esse motivo são de interesse tanto dos historiadores como dos amantes da literatura.

O primeiro romance de Gaskell, Mary Barton, foi publicado anonimamente em 1848. Os demais romances mais conhecidos dela são Cranford (1853), North and South (1854), e Wives and Daughters (1865). Cranford e North and South também foram adaptados com sucesso para a telinha.

Ela se tornou uma escritora popular em sua época, e suas estórias de fantasmas eram muito apreciadas. Teve ajuda do escritor Charles Dickens, que publicou seus trabalhos na revista Household Words. Suas estórias de fantasmas são muito distintas, na veia "Gótica", de sua ficção industrial.

Embora seu estilo se acomode às convenções vitorianas (incluindo assinar seu nome como “Sra. Gaskell”), ela frequentemente emoldura suas estórias como críticas às atitudes contemporâneas. Ela foca assuntos como o trabalho nas fábricas e o papel da mulher na sociedade, com narrativas complexas e personagens femininos dinâmicos.

Além de seu trabalho ficcional, Gaskell escreveu a primeira biografia de sua colega escritora, Charlotte Brontë.

A série North and South já está disponível em DVD no Brasil.


novembro 16, 2010

Amalfi: Rewards of the Goddess (filme, 2009)


País: Japão
Gênero: Ação, Suspense
Duração: 125 min.
Título original: Amalfi: Megami No Hoshu
 
Direção: Hiroshi Nishitani
Roteiro: Yuichi Shinpo
Produção: Chihiro Kameyama, Toru Ota
Estúdio: Fuji T

Elenco: Yuji Oda, Yuki Amami, Koichi Sato, Erika Toda, Mitsuru Hirata, Nene Otsuka, Masaharu Fukuyama.

Sinopse

Kuroda (Yuji Oda) é um diplomata japonês que chega a Roma para trabalhar como chefe da segurança da embaixada de seu país. Ele se envolve na investigação do desaparecimento de uma menina japonesa, que estava visitando a Itália com sua mãe, Saeko (Yuki Amami).

Comentário

“Amalfi" é uma produção especial da Fuji TV, para comemorar os 50 anos da rede de televisão japonesa.

A ação de “Amalfi” se desenrola com o pano de fundo de paisagens turísticas famosas da Itália: o Coliseu, o Forum, as escadarias espanholas, a magnífica costa rochosa de Amalfi – todos captados pelas lentes do diretor de fotografia Hideo Yamamoto com um romântico brilho dourado. Aliás, o filme foi rodado inteiramente em locações italianas.

A enfermeira Saeko leva sua filha de seis anos para passar o Natal na bela Itália, e a tragédia começa quando a menina desaparece dentro de um museu.

A embaixada japonesa logo convoca Kuroda para auxiliar Saeko na busca da filha. Ele é um diplomata que acabara de chegar à Roma, com a missão de proteger o Ministro do Exterior em sua visita à Itália para um encontro de chefes de estado.

Kuroda fala italiano fluentemente, é culto, mas é um sujeito sério e fechado, que não tem jeito para consolar a pobre mãe desesperada com o sumiço da filha. Ignorando a polícia italiana, ele começa a investigar por conta própria o possível seqüestro da criança.

Essa primeira hora do filme se desenvolve razoavelmente bem, tanto no suspense como no drama. Mas no momento em que “Amalfi” se transforma num arremedo de “James Bond”, a estória vai ladeira abaixo.

Mesmo assim, para quem está acostumado com os problemas de continuidade dos filmes de ação orientais (dá para dizer que é quase uma tradição do cinema asiático – John Woo, por exemplo, parece que faz de propósito) pode até se divertir com “Amalfi”. Ao menos pelas belíssimas paisagens italianas, já vale a sessão. Certamente você vai colocar a Itália no seu roteiro de viagem. Ah, só cuide (segundo dica do filme) com os batedores de carteira nas ruas de Roma. Arrivederci!


O Elenco:

A bela atriz Yuki Amami tem trabalhado muito na TV japonesa, nos últimos tempos. Ela foi a estrela dos j-dorama “Boss” (Fuji, 2009) e "Around 40" (TBS, 2008), e seu último drama foi "Gold" (Fuji TV, 2010).

O ator Yuji Oda é mais conhecido por ter estrelado a série de TV e sua posterior trilogia no cinema, “Bayside Shakedown”.

O gatíssimo Masaharu Fukuyama ("Galileo") faz uma ponta no filme como um repórter amigo de Yuji Oda.

novembro 15, 2010

My Dear Desperado/ Gangster Lover (filme, 2010)



País: Coréia do Sul
Gênero: Romance, Drama
Duração: 100 min.
 
Direção e Roteiro: Kim Kwang-sik-I
Elenco: Park Joong-hoon, Jeong Yu-mi

Sinopse

Se-jin deixa sua cidade natal, no litoral, para trabalhar na capital, Seul. Apesar de recém-formada, consegue um bom emprego e leva uma vida feliz. Até que a empresa em que trabalha vai à falência e sua vida profissional e emocional sofre uma mudança drástica. Sem perspectiva de encontrar um novo emprego, ela se muda para um bairro pobre e logo descobre que seu nada educado vizinho de porta é um mafioso.

Dong-chul não sabe lutar, mas é um gangster bom de papo. Ele está ficando velho para o serviço, mas tenta manter o espírito elevado. Quando uma garota se muda para o apartamento vizinho, no princípio ele a trata com desprezo e grosseria, aproveitando-se de sua ingenuidade. Mas aos poucos, ele se sente compelido a ajudá-la.

Comentário

My Dear Desperado é um daqueles filmes que podem ser classificados como comédia romântica, romance, drama, dependendo de onde houver mais espaço vazio na prateleira da locadora. Mas pesando o resultado final, pode-se dizer que a estória pende mais para o drama.

O romance entre Se-jin e Dong-chul se desenvolve mais por força das circunstâncias (solidão, frustração) do que por sintonia emocional ou paixão. É um relacionamento entre opostos em tudo, seja na diferença de idade, de nível cultural, de caráter, ou nos objetivos de vida, ou no caso de Dong-chul, na falta deles.


Mas a influência de um na vida do outro, mesmo com tantos conflitos, com ou sem um final romântico, é real.

Se no início, assim como Se-jin, achei Dong-chul irritante e mal educado, não demorou muito para perceber que a estória dele valia muito mais a pena ser contada que a dela.

Dong-chul é um soldado raso do mundo do crime, que nunca conseguiu subir na “carreira” de bandido, pois ele só tem mesmo é a pose de durão. É um sujeito patético, ignorante, mas que tem um lado gentil e sensível que deve ser escondido do mundo, para o bem de sua sobrevivência.


O drama desse velho gangster poderia render um filme e tanto. Alguém pode argumentar que já existem filmes demais sobre o tema, mesmo dentro da iconografia do cinema coreano, mas não me recordo de um filme que fale sobre os “velhos lobos” da máfia, com exceção talvez do cinema japonês (vide Takeshi Kitano). Existem muitos filmes sobre policiais às portas da aposentadoria (aliás, a pior maldição para um personagem é proferir as palavras “Faltam apenas alguns dias para eu me aposentar...” – é morte certa), mas na ficção é mais comum acompanhar os jovens ambiciosos, ou os chefões mafiosos.

Enfim, “My Dear Desperado” não é um épico, mas é um filme que trata com sinceridade e veracidade dos problemas da vida moderna, como a falta de oportunidade de trabalho para as novas gerações, e a realidade brutal e nada glamorosa do mundo do crime. (Sam, THC)

Sobre o elenco e a direção

Park Joong-hoon (nascido em 1964), trabalhou em filmes como “Radio Star” (2006) e “Two Guys” (2004). Seu mais novo projeto é o filme “Scooping Up the Moonlight” do veterano diretor Im Kwon-taek.

Jeong Yu-mi (1983) atuou em filmes como “A Bittersweet Life” (2005, em DVD no Brasil), “A Million” (2009) e tem pelo menos duas estréias para esse ano: “Oki´s Movie” e “Come, Closer”.

Kim Kwang-sik-I (1972), jovem diretor e roteirista. Foi assistente de direção do filme “Oasis” (2002) e roteirizou os filmes “Iljimae Returns” (2008) e “Off Road” (2007).

outubro 21, 2010

Tengoku No Honya-Koibi (filme, 2004)


Um belo elenco, um drama delicado sobre a dor da perda, a culpa e o perdão.

País: Japão
Título alternativo: Heaven´s Bookstore (The Light of Love)
Duração: 111 min.
Gênero: Drama, Romance, Fantasia

Direção: Shinohara Tetsu
Roteiro:Atsushi Matsuhisa e Wataru Tanaka (romance), Kyoko Inukai


Elenco: Yuko Takeuchi (Shoko/Natsuko) ; Tetsuji Tamayama (Kenta); Karina (Yui); Hirofumi Arai (Satoshi); Teruyuki Kagawa (Takimoto); Yoshio Harada (Yamaki).
Trilha musical: Masataka e Yumi Matsutoya.

Resumo

A confeiteira Natsuko (Takeuchi Yuko) está ocupada tentando organizar um festival de fogos de artifício, promovido pelos lojistas da pequena cidade litorânea aonde mora. O tema escolhido é "Love Fireworks". Segundo uma lenda local os “Fogos de Artifício do Amor” abençoam os amantes com uma vida de união feliz, e Takimoto é o único mestre de fogos de artifício que sabe preparar esse espetáculo. No entanto, desde um acidente, anos atrás, Takimoto desistiu de trabalhar com fogos. Kanako encontra Takimoto na esperança de convencê-lo a reproduzir o espetáculo.

Enquanto isso, o pianista Kenta (Tamayama Tetsuji) vai parar no céu, embora ainda esteja vivo, e está trabalhando na “Biblioteca do Céu”. Um dia, ele vê seu ídolo musical, a pianista Shoko. Entretanto, algum evento traumático em vida faz com que Shoko seja incapaz de tocar piano novamente, mesmo no paraíso. As duas estórias se desenvolvem em dois mundos separados, mas de algum modo conectados pelo destino.


Comentário

Filmes com estórias que retratam a ‘vida após a morte’ não são novidade no cinema. Sejam com enredo cômico, espiritual ou meramente dramático, as estórias que se passam no céu costumam fazer sucesso.

No caso de “The Heaven´s Bookstore”, o roteiro é inspirado em uma série de romances bestsellers no Japão. Parte do filme (assim como nos livros) se passa no céu, e parte na vida terrena, sendo que um personagem faz a ligação entre esses dois mundos, por não estar morto, mas estar cumprindo uma espécie de estágio probatório no paraíso.

Os vivos sofrem com seus problemas diários, seus relacionamentos, e com a falta que fazem os entes queridos que se foram. Mas para os mortos, ao contrário do que se possa pensar, não reina a ‘paz celestial’. Existem aqueles que estão passando umas férias no céu e têm consciência de que vão voltar à terra. Existem os guardiões, ou anjos, que administram as idas e vindas das almas. E existem aqueles espíritos que deixaram para trás um assunto mal resolvido, inacabado, e por isso não podem descansar e desfrutar da eternidade no paraíso.

“The Light of Love” é a parte da estória que se passa na terra, entre os vivos, e é a que achei mais interessante. Se o filme se restringisse a esse ponto de vista, podia ser um belo romance sobre a culpa e a reparação. O personagem do artista de fogos de artifício(interpretado pelo fantástico ator Teruyuki Kagawa) é muito interessante, um homem apaixonado, sofrido. E seu encontro e verdadeira colisão com a sobrinha de seu amor perdido me deixou com um desejo sincero de ver mais dos dois juntos. Teria sido a estória que eu gostaria de ter visto... mas não é o caso, e mesmo assim, o filme é muito agradável e a sempre simpática Takeuchi Yuko dá um verdadeiro show, interpretando duas personagens de forma complexa e delicada.

Takeuchi Yuko se destaca por representar dois personagens completos e inteiramente diferentes (Shoko e Natsuko). É uma das atrizes em alta na TV e cinema japonês, tanto por seu talento como por sua simpatia. Filmes: Yomigaeri (2002), Closed Note (2007), Flowers (2010). Acaba de estrelar o j-drama Natsu no Koi wa Nijiiro ni Kagayaku (Fuji TV, 2010) e teve participação na série norte-americana Flashforward.

O lindo Tetsuji Tamayama atuou em filmes como The Seaside Motel (2010), Goemon (2009), e nos j-dramas de sucesso Sunao ni Narenakute (Fuji TV, 2010) e Boss (Fuji TV, 2009). A bela atriz Karina pode ser vista no recente j-dorama Real Clothes (Fuji TV, 2009).

O grande ator Teruyuki Kagawa trabalhou em filmes como Space Battleship Yamato (2010), Tokyo Sonata (2008), além de várias séries de TV, como Ryoma den (2010), Mr. Brain (2009) e Unfair (2004).

Tetsuo Shinohara dirigiu Hatsukoi (First Love).

Como sempre, gostaria de lembrar sobre o trabalho de se fazer uma tradução e legendagem de uma série, mesmo sendo um trabalho amador, deve ser apreciado e respeitado. Portanto, não remova os créditos das legendas e adicione um link para esse blog, caso queira postar em seu site.

Legendas em português (cortesia exclusica "Tea House and Cinema": http://bit.ly/xsQnj0

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
Link para o Vídeo: http://bit.ly/1IXXsqL

Observação importante: "Esse não é um site do tipo 'fansub'. Todas as legendas traduzidas por esse blog foram feitas para consumo pessoal (para encaminhar para amigos e familiares) e são divulgadas aqui como cortesia. Portanto, não serão aceitos pedidos (de títulos de dramas ou filmes), sugestões (de formato de vídeo, etc.) ou reclamações (sobre atrasos, formato de arquivos, etc.). Por favor, peço a sua consideração e respeito, pois muitas horas de lazer e descanso são perdidas na realização dessas traduções.(Sam)


outubro 17, 2010

Beethoven Virus (drama, 2008)


País: Coréia do Sul
Gênero: Romance, Drama
Duração: 18 episódios
Produção: MBC TV

Direção: Lee Jae Gyoo.
Roteiro: Hong Jin Ah e Hong Ja Rang.
Elenco: Kim Myung-Min, Lee Ji-Ah, Jang Geun-Suk, Lee Soon-Jae, Song Ok-Sook.

Sinopse

Kang Gun Woo é um regente de orquestra que, apesar de ser respeitado por seu talento, tem uma péssima reputação por seu temperamento difícil. Ele é conhecido como um profissional que não aceita menos do que a perfeição de sua orquestra.
Por causa de seu egocentrismo ele não consegue se relacionar bem com as pessoas, tanto dentro quanto fora do trabalho. Ele é um homem frio e solitário e seu único amigo é seu cão, Beethoven. Depois de anos na Europa ele recebe uma oferta de emprego e volta ao seu país para reger a orquestra de uma cidade pequena. Ali ele vai encontrar Du Ru Mi, uma violinista, e um jovem trompetista também chamado Kang Gun Woo, e sua vida mudará radicalmente de rumo.

Comentário

O premiado ator Kim Myung Min interpreta o maestro Kang Gun Woo, conhecido como “Orchestra Killer”. Lee Ji Ah, que está para estrear no k-drama de ação "Athena", é a violinista Du Ru Mi. E Jang Geun Suk faz o papel do jovem trompetista Kang Gun Woo. Ele atuou na série de sucesso “You´re Beautiful” e seu próximo projeto é o drama “Mary Stayed Out All Night”, onde novamente interpreta um músico. Lee Jae Gyoo já dirigiu os dramas "Damo" (2003, MBC) e "Fashion 70s" (2005, SBS). As irmãs Hong Jin Ah e Hong Ja Rang foram roteiristas do drama "Over the Rainbow".

Esse drama musical retrata de forma humana e com sensibilidade agridoce a luta dos membros de uma orquestra semi-profissional para realizarem seu sonho de pisar em um palco e se tornarem músicos respeitados.


setembro 27, 2010

The Sword With No Name (filme, 2009)


Título Alternativo: Like Fireworks, Like Butterflies
Gênero: ação, drama, romance
Duração: 124 min.
 
Direção: Kim Yong-gyoon
Roteiro: Lee Sook-yeon

Elenco: Cheon Ho-jin, Soo-ae.


Resumo

Moo-myoung é um caçador de recompensas durante a Dinastia Joseon. Num breve momento de idílio ele encontra uma bela dama da nobreza, Ja-young, e se apaixona por ela. Ja-young está a caminho do palácio real para se tornar a próxima rainha do império Joseon. Sem poder esquecê-la, Moo-myoung torna-se o guarda pessoal da rainha para poder ficar perto dela. Como rainha, Ja-young tenta modernizar a dinastia, por meio de alianças com nações estrangeiras, mas se envolve numa trama de lutas políticas pelo poder do país. Para proteger Ja-young, Moo-myoung deve enfrentar as ameaças devastadoras do exército japonês que deseja desestabilizar o poder imperial coreano.

Comentário

Em primeiro lugar, “The Sword With No Name” não pode ser descrito como um filme histórico, já que toma muitas liberdades com a história do império Joseon e de sua rainha mais famosa. A imperatriz Myeongseong é uma das figuras mais faladas da história da Coréia, devido à sua vida extraordinária, que foi destacada por ambição política e uma morte trágica.

Portanto, não é de admirar que ela tenha sido o centro de várias produções artísticas, como a aclamado musical “The Last Empress" e a série que foi um sucesso em 2001, "Empress Myeongseong".

“The Sword With No Name” tenta examinar a vida a Imperatriz pelo foco de um possível romance entre ela e um guarda-costas. No registro histórico teria havido um general que morreu protegendo-a dos japoneses.

Embora o filme tenha tentado enfatizar essa possível relação entre os dois, o romance se torna um tanto tênue diante da necessidade de ilustrar os demais aspectos da vida da rainha, como sua relação com o marido, um rei fraco e indeciso (ao menos aqui no filme) e com o sogro prepotente e por fim inimigo. Para quem não conhece a história em detalhes, fica difícil entender por que o lado aparentemente positivo do talento diplomático de Ja-young provoca a ira do rei-pai (interpretado por Cheon Ho-jin) e faz tanta gente querer vê-la morta. E difícil também de imaginar que ela tenha tido tempo para um romance secreto.

Mas enfim, é uma obra de ficção. O casal de atores principais não decepciona. Soo-ae ("Sunny", "A Family"), como rainha é elegante e delicada. Gostei mais dela nesse papel que no anterior “Sunny”, que achei bem irregular, embora a culpa tenha sido mais do roteiro fraco deste. Ainda fico com seu trabalho no drama “9 end 2 out”, um de meus k-dramas favoritos. E está para estrear seu novo drama, “Athena”.

Jo seung-woo é um jovem já veterano no cinema coreano, com sucessos como “Marathon”, “The War Of Flowers”, além de uma carreira de sucesso em musicais de teatro como "Jekyll and Hyde" e "Rent". Ele entrou para o serviço militar em dezembro de 2009, e ficará longe das telas por ao menos 2 anos.

Dá para dizer que é um filme que agrada as mocinhas pelas cenas de romance (pena que tão poucas), e aos rapazes pelas lutas bem coreografadas (embora muitas vezes num estilo muito “gráfico de game”). É uma bela diversão de sessão da tarde, não mais que isso.

Destaque para o ator Choi Jae-woong, no papel do chefe da guarda do palácio, Noe Jong, para a trilha musical, cenografia e figurino.

Choi Jae-woong recebeu o prêmio de Melhor Novo Ator, no 18th Icheon Chunsa Film Festival de 2010. E no mesmo festival o filme recebeu os prêmio técnicos de Efeitos Visuais (“FXGear”, “Effect Storm”).

julho 19, 2010

Best Seller (filme, 2010)


País: Coréia do Sul
Gênero: Thriller
Duração: 117 min.

Direção e roteiro: Lee Jung-ho

Elenco: Uhm Jung-hwa, Ryou Seung-ryong, Park Sa-rang, Lee Do-Kyung, e Jo Jin-ung.

Resumo

Bestseller retrata uma famosa novelista (Uhm Jung-hwa) que é acusada de plágio. Entrando em depressão por causa do ocorrido ela decide se isolar em uma casa de campo para tentar concentrar seus esforços em escrever outro livro, e resgatar sua popularidade junto aos fãs e a imprensa. Infelizmente, quando ela termina de escrever o novo romance, inspirado em uma estória contada por sua filha, é novamente acusada de copiar um livro já publicado.

Comentário

O filme Bestseller peca pela indecisão sobre seu gênero, aliás um defeito muito comum dos filmes norte-americanos. Começa com um ar de suspense, passa pelo sobrenatural, chega no thriller, que é quando incrivelmente a estória engata e segue numa última sequência que é bem satisfatória. Mas fica difícil esquecer a hora e meia anterior de anticlímax. Suponho que uma boa edição poderia deixar o filme mais ágil.

Um dos motivos que me fez ver o filme foi a atriz Uhm Jung-hw, que estava ótima na série “The Man Who Can´t Get Married”. Ela perdeu 7 kg para o filme, e sua aparência estava mesmo bem alterada, a maquiagem pesada nos olhos e o cabelo arrepiado. Mas quando a personagem principal de um suspense é mais assustadora que fantasmas ou assassinos, o efeito pode se tornar um tanto cômico ou até ridículo.

Enfim, trata-se de um suspense mediano (não é um filme de terror), e para quem gosta do gênero, vale à pena acompanhar até o final.

O cenário da casa antiga me deu saudades do filme “A Tale of Two Sisters” (Medo), esse sim um grande thriller dramático, inesquecível.


maio 04, 2010

The Demolished Man (filme, 2010)

The Demolished Man é o mais novo projeto do ator Kim Myung-min.

Depois de brilhar no papel de um maestro irascível em Beethoven Virus, e ganhar prêmios de melhor ator no drama White Tower (2007) e no filme My Love By My Side (2009), ele volta interpretando um pastor que renuncia a sua fé após ver sua filha ser seqüestrada e desaparecer por anos.

É interessante ver como Kim Myung-min se transforma a cada novo papel – no filme My Love By My Side, por exemplo , ele emagreceu cerca de 20 kg para caracterizar com realismo um paciente com a doença de Lou Gehrig.

O seqüestrador é interpretado por Eom Ki-joon (Hero)e a atriz Park Joo-mi (All In) faz o papel de mulher do reverendo. The Demolished Man estréia em Julho.

abril 30, 2010

Castaway On The Moon (filme, 2009)


País: Coréia do Sul
Título alternativo: Kim´s Island
Duração: 116 min.
Direção e Roteiro: Lee Hae-joon
Produção: Kang Woo Seok

Elenco: Jeong Jae-young, Jung Ryeo-won.

Resumo

Um homem tenta se suicidar jogando-se no rio Han, mas acaba acordando às margens de uma praia de uma ilhota. Após mais algumas tentativas patéticas de suicídio, ele encontra refúgio dos problemas da vida moderna no isolamento total.

Uma mulher que mora em um condomínio com vista para o rio também vive uma vida isolada, trancada em seu quarto, usando a internet como único contato com o mundo exterior.

Um dia, com uma luneta, ela avista um homem vivendo sozinho numa ilha. Observando que, embora solitário, ele parece contente com sua vida ela fica curiosa sobre a identidade desse homem. Aos poucos ela supera sua fobia social e consegue sair de casa na tentativa de encontrá-lo.

Uma fábula delicada, emocionante e engraçada sobre a solidão da vida nas grandes cidades, Kim´s Island se apóia na atuação brilhante de Jeong Jae-young, um dos grandes astros do cinema coreano atual.

Quem é Quem

Jung Ryeo-won, atriz: My Name Is Kim Samsoon (drama), What Star Did You Come From.

Jeong Jae-young, ator: Silmido (em DVD no Brasil), Welcome to Dongmakgol, Public Enemy 1-1.

Lee Hae-joon, diretor: Melhor Diretor no Blue Dragon Awards com o filme Like A Virgin (2006).

Kang Woo-seok, produtor: diretor de Shadows in the Palace, I Like it Hot, Hwang Jini, Sarangni.

Outros náufragos famosos...


Robinson Crusoé, A Família Robinson, O Náufrago e mais recentemente, a série Lost – são incontáveis os “ilhados” retratados em livro, tv e cinema.

O Senhor das Moscas - o brilhante romance (Lord of the Flies, 1954) de William Golding gerou duas versões para o cinema (1963, 1990), e um episódio clássico dos Simpsons.

A Tempestade - Os náufragos de Shakespeare são assombrados no melhor estilo “Lost”.

Todos os cogumelos são comestíveis...ao menos uma vez.

A Ilha do Perigo, ou “Lost on acid” - Incrível pensar que a série, inserida no programa “Banana Split”, nos anos 70, foi produzida para o público infantil – mas era divertidíssima.

março 11, 2010

Up in the Air (filme, 2009)

Up in the Air – Amor Sem Escalas 

País: EUA
Duração: 108 min.
Gênero: Drama

Direção: Jason Reitman
Roteiro: Sheldon Turner, Jason Reitman

Elenco: George Clooney, Vera Farmiga, Jason Bateman.


Comentário
 
Segundo comentários da imprensa americana, essa seria uma das apostas do cinema independente para as principais premiações do cinema de 2009, incluindo os mais midiáticos Globo de Ouro e Oscar. E parece que o filho do diretor Ivan Reitman, Jason, encontrou a fórmula para agradar tanto aos cinéfilos ‘alternativos’ como à indústria de Hollywood.

Lembram do primeiro filme do diretor, Obrigado Por Fumar? Muito humor e ironia para tratar de um tema tão pesado, ou ‘nebuloso’, com o perdão do trocadilho.

No segundo sucesso, Juno, novamente um tema difícil, tratado de forma bem humorada e otimista. E a trilha musical não atrapalhou em nada.

O velho bonachão Ivan Reitman deve estar orgulhoso do filho; aliás, ele produz esse último filme Up in the Air (vamos ficar com o título original, não tem amor nenhum no ar! É, sem romance no toalete apertado do avião. O único clube das milhas aéreas de que o personagem de Clooney faz parte é o literal.

Up in the Air equivale a comer uma fatia de torta, quando se está de dieta. O cinema norte-americano anda tão fraco, tão insosso, que é só aparecer algo levemente inspirador, para ser tratado como obra-prima. Não que esse tenha sido o caso, mas a reação que tive com esse filme foi bem parecida com a que tive com “Juno”. Parece que falta alguma coisa, uma alma... Na verdade acho que falta um tempero agridoce na estória.

O elenco está bem, Clooney é o que está melhor, graças a deus, já que ele tem o papel principal e aparece em quase todas as cenas. A velha raposa solteirona, George, é um ator bem previsível, nunca foge do seu estilo ‘cool’ – e não me venham dizer que engordar e deixar crescer a barba faz alguém atuar melhor – mas senti que nesse papel ele estava a ponto de entregar uma ótima atuação – se estivesse nas mãos de um diretor mais experiente, ou mais ligado em direção de atores. Observe uma das últimas cenas, quando ele fala ao celular com a namorada. Quase piscou a luzinha de aviso “cena para ganhar o Oscar” de ator. Faltou só um pouquinho.

No final, os momentos mais emotivos são os das pessoas que perdem seus empregos, e nesses tempos duros em que estamos vivendo, nem é preciso perguntar o por quê.
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